quarta-feira, 8 de abril de 2015

Vamos falar sobre a morte ?


A morte pode ser vista como um mistério incompreensível. Ou como um absurdo inaceitável. A morte pode até ser tratada como um tabu, assunto do qual a maioria das pessoas não gosta de falar. Mas, seja como for, aceitemos isso ou não, a morte é um fato, uma realidade inexorável. E que vem para todos nós. Por mais que queiramos nos esconder dela, deixar de existir é uma coisa tão natural quanto existir. Na verdade, a morte é provavelmente a única coisa certa na sua existência ou na minha - e também na de nossos pais, nossos filhos, nossos ídolos e inimigos, de  todas as pessoas que amamos e mesmo daquelas que jamais chegaremos a conhecer: é certo que todos nós vamos morrer um dia. Pessoas boas, pessoas ruins, gente em Xanxerê, Santa Catarina, ou em Nagano, no Japão. E esse dia pode acontecer amanhã ou daqui a 60 anos. 


A morte faz parte da vida. Todos começamos a morrer exatamente no dia em que nascemos. A morte, portanto, é um etapa da nossa existência com a qual temos que conviver. Pode-se conviver melhor ou pior com ela. Mas não se pode evitá-la. Pode-se aceitar a sua inevitabilidade e olhá-la de frente. Ou pode-se negá-la, fugir dela, imaginar que não pensar na morte possa fazer com que ela deixe de acontecer com você ou com a sua família. Mas o fato é que todos nós estamos programados para nascer, crescer e morrer - uma obviedade esquecida por boa parte da sociedade ocidental contemporânea, que teima em ver a morte como um evento artificial, inesperado e injusto. Sobretudo, costumamos vê-la como um evento exclusivo, pessoal, que isola quem sofre uma perda, por meio da dor, do resto do mundo. Quando, ao contrário, não há nada menos exclusivo do que morrer. Nem nada que perpasse mais a humanidade do que o sofrimento de uma perda. Como está expresso na fábula tibetana, a morte não é privilégio nem desgraça particular de ninguém. Ela chega para todos, sem exceção. 



Como não podemos evitar a morte, só nos resta conviver bem com ela....

(trecho do artigo de M. Fernanda Vomero) 


Para quem ainda não se conforma com a morte, está passando por um momento difícil de perda e luto ou possui curiosidade sobre o tema, existe um instituto de psicologia chamado "Quatro Estações", que oferece atendimento para as pessoas que passam por este momentos, além disso, eles prestam formação com esta temática, para profissionais da área de saúde e educação, vale apena conferir.

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